A MINHA CABEÇA TRANSPORTA O SER DAS ESTRELAS FIXAS.
O MEU PEITO ABRIGA A VIDA DAS ESTRELAS ERRANTES.
O MEU CORPO VIVE E MOVE-SE NA ESSÊNCIA DOS ELEMENTOS.
ESTE SOU EU.
O curso do ano tem a sua própria vida. A alma humana pode participar nesta vida com a sua senciência. Deixando atuar sobre si o que a vida do ano lhe diz, sendo diferente de semana para semana, encontrar-se-á verdadeiramente a si mesma neste vivenciar. Sentirá como, deste modo, se forjam forças que fortalecem o seu caminho. Observará também que estas forças querem nela despertar, mediante a sua participação no sentido da marcha da vida do Universo, tal como se desenvolve na sucessão do tempo. Então, perceberá quão delicadas e importantes são as relações que há entre ela e o mundo onde nasceu.
Este calendário apresenta uma estrofe por semana, permitindo que a alma vivencie o que se manifesta nessa semana como parte do ano inteiro. Na estrofe da semana expressa-se o que esta vida faz ressoar na alma quando as duas se unem.
Se o ser humano associar de forma adequada o seu ritmo atemporal de perceção e pensamento ao ritmo temporal da natureza, podem ser-lhe revelados grandes mistérios da existência. Assim, o ano transforma-se num arquétipo da atividade anímica humana e numa fecunda fonte do autêntico conhecimento de si mesmo.
Além de O Calendário da Alma, este livro contém ainda As Doze Harmonias Zodiacais, os Exercícios para cada Dia da Semana e uma seleção de versos e meditações para um ano inteiro de ligação à sabedoria espiritual universal.
«No presente Calendário da Alma, concebe-se o espírito humano como capaz de sentir-se em relação com as disposições anímicas das estações, semana após semana, como um tecido anímico próprio de imagens relacionadas com as impressões do ano.
Deve dizer-se claramente que este calendário está concebido como uma possibilidade de um caminho de conhecimento. Não há “prescrições” no sentido estereotipado dos modelos teosóficos, mas mostra-se, antes, a tecelagem viva da alma e como pode ser vivida. Tudo o que está à disposição da alma recebe um matiz individual. Assim, cada alma encontrará o seu próprio caminho, individualmente configurado em relação a si. Seria fácil dizer: a alma tem de meditar como aqui se indica, se quer cultivar um fragmento do conhecimento de si mesma. De modo algum o dizemos, pois o caminho singular e individual do ser humano tem de extrair, de algo dado, o seu próprio impulso e não parecer imitar “um caminho de conhecimento”.» Rudolf Steiner
RUDOLF STEINER (1861-1925)
Foi um dos pensadores mais originais e prolíficos do século XX. Fundou a Antroposofia, a pedagogia Waldorf, a agricultura biodinâmica, a medicina antroposófica e a euritmia, esta última em colaboração com a sua esposa, Marie Steiner-von Sivers.
No contexto da Sociedade Antroposófica, desenvolveu um caminho de conhecimento para o ser humano hodierno baseado na tradição espiritual do Ocidente.
Os seus interesses eram variados: além da filosofia e da espiritualidade, interessou-se por agricultura, arquitetura, arte, teatro, literatura, matemática, medicina, filosofia, ciência e religião.
Leia um excerto deste livro AQUI.