A RARA EXPRESSÃO DE UM MODO DE VIDA EM LIBERDADE E PRÓXIMO DA NATUREZA
Charles Alexander Eastman é único entre os escritores índios, sejam eles contadores de histórias ou historiadores. Foi criado tradicionalmente como um sioux das planícies, pela sua avó, de 1858 a 1874, até aos 15 anos. Assim, adquiriu um conhecimento de primeira mão completo sobre os modos de vida, a língua, a cultura e a história dos nativo-americanos.
"A atitude do Índio perante a morte (considerada o derradeiro teste e pano de fundo da vida) é inteiramente coerente com o seu caráter e a sua filosofia. A morte não o aterroriza, pelo que ele vai ao seu encontro com calma e simplicidade, tendo como única ambição ter um final honrado, como dádiva à sua família e aos seus descendentes".
Em A Alma do Índio, o autor dá vida à espiritualidade e à moralidade dos nativo-americanos, mostrando-nos como era preciosa e bonita a sua existência antes do contacto com os missionários e conquistadores europeus. Esta obra é uma rara expressão da sabedoria nativa, sem os filtros impostos por antropólogos e historiadores.
"Para o Índio, o amor aos bens materiais é uma cilada constante que devia ser evitada. O fardo imposto pelas necessidades de uma sociedade complexa sempre se afigurou como uma fonte inesgotável de perigos e tentações".
Ao invés de um tratado científico, Eastman escreveu um livro o mais fiel possível aos seus ensinamentos de infância e ideais ancestrais, mas do ponto de vista humano, não etnológico. As suas exposições sobre as formas de adoração cerimonial e simbólica, as escrituras não escritas e o mundo espiritual enfatizam a qualidade universal e o apelo da essência nativo-americana. Imperdível!
SOBRE O AUTOR:
Nascido e criado entre os índios sioux até aos 15 anos de idade, Charles Alexander Eastman (1858-1939) resolveu tornar-se médico com o intuito de prestar o melhor serviço ao seu povo.
O seu pai, que se acreditava ter sido e forcado no Minnesota, reapareceu e insistiu que ele recebesse uma educação de «homem branco». Estudou então Medicina na Faculdade de Dartmouth e na Universidade de Boston, tornando-se um médico altamente instruído e o único disponível para as vítimas do massacre de Wounded Knee, em 1890 – um grande evento histórico, frequentemente descrito como «o fim das guerras indígenas».
Com o incentivo da sua mulher, Eastman destacou-se ainda mais como escritor e intérprete qualificado dos costumes nativo-americanos. Os seus escritos oferecem visões genuínas e emocionantes de um mundo que se perdeu (provavelmente) para sempre.
Outros escritores índios desse período foram totalmente aculturados – nunca viveram a vida tradicional do seu povo nem foram educados segundo a sabedoria nativa, não eram alfabetizados ou apenas escreviam o que lhes diziam por meio de filtros de intérpretes e escritores não índios. Charles Alexander Eastman experienciou eventos históricos e viveu segundo os princípios nativos, dispensando assim qualquer filtro ou influência.
CRÍTICAS DE IMPRENSA:
«Um abrir de olhos para os caminhos dos povos antigos, inspirando-nos a olhar para o mundo como aquilo que ele é: sagrado e espiritual.» Goodreads
«Se todos pudéssemos dar um passo atrás para entender a importância vital do planeta, não estaríamos a assistir à sua devastação em nome do lucro.» Amazon
Leia um excerto deste livro AQUI.