O RELATO EXTRAORDINÁRIO DE COMO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS TRANSFORMARAM O MUNDO AO LONGO DA HISTÓRIA.
Só na última década os climatologistas desenvolveram um quadro preciso da evolução das condições climáticas anuais em tempos históricos. Este desenvolvimento confirmou uma suspeita de longa data: o mundo sofreu uma onda de frio de 500 anos – a Pequena Idade do Gelo – que durou aproximadamente de 1300 até 1850.
A Pequena Idade do Gelo explica como o clima afetou eventos fundamentais da História mundial, da exploração nórdica à colonização da América do Norte e à Revolução Industrial. Diz-nos também que as mudanças de temperatura no mar levaram os pescadores ingleses e bascos a seguir vastos cardumes de bacalhau até ao Novo Mundo; que, em França, uma crise alimentar que atravessou gerações contribuiu para a desintegração social e, finalmente, para a revolução; e que os esforços ingleses para melhorar a produtividade agrícola ante a deterioração do clima ajudaram a abrir o caminho para a Revolução Industrial e, portanto, para o aquecimento global.
Com recurso a fontes tão diversas como os registos das campanhas das vindimas ou os assentos dos mosteiros medievais, passando pela análise química dos núcleos de gelo, Brian Fagan descortina o modo como a Humanidade tem estado à mercê das alterações climáticas. E explica como, infinitamente engenhosos, os nossos antepassados se adaptaram a um aquecimento global universal irregular, desde o fim da Idade do Gelo, com um impressionante sentido de oportunidade.
A Pequena Idade do Gelo conta a história dos séculos turbulentos, imprevisíveis e muitas vezes gélidos da História da Europa entre os anos de 1300 e 1850. Revela também que as alterações climáticas não acontecem em fases suaves e regulares, mas em saltos súbitos cujas causas nos são desconhecidas e cujo rumo escapa ao nosso controlo. E que a influência destes fenómenos na vida humana pode ser profunda e até decisiva.
O Autor
Autor e editor de mais de 40 livros e de centenas de artigos em publicações científicas de todo o mundo, colabora com as revistas American Archaeology e Discover Archaeology e assina uma coluna na Archaeology Magazine.
É consultor de muitas organizações, incluindo a National Geographic Society, a Time-Life e a Encyclopædia Britannica. Trabalhou como consultor em documentários da BBC e da RKO, e foi chamado a intervir, enquanto cientista, por produtoras de Hollywood. Foi também consultor da série Lost Civilizations, da Time-Life Television.
Recebeu distintos prémios, entre os quais se contam o de Serviço Distinto da Sociedade de Arqueólogos Profissionais, pelos seus esforços incansáveis para levar a História e a Arqueologia ao público. A Society for American Archaeology concedeu-lhe o Prémio de Educação Pública.
Brian Fagan, nasceu a 1 de agosto de 1936. É professor emérito de Antropologia na Universidade da Califórnia, em Santa Barbara, membro da Royal Geographical Society e do Royal Antropological Institute. É um crítico da Arqueologia contemporânea e defende abordagens não tradicionais de investigação.
É um forte defensor da aplicação da multidisciplinaridade no estudo das mudanças climáticas no passado. A sua atitude científica funde múltiplas perspetivas teóricas focadas nas amplas questões da pré-História humana e do passado como elementos-chave para uma melhor compreensão do presente e do papel da História e da Arqueologia na sociedade.
CRÍTICAS DE IMPRENSA
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