As relações políticas e matrimoniais das principais monarquias europeias
Em tempos não muito distantes, os casamentos reais eram considerados dos eventos mais importantes do mundo político. A sua negociação era geralmente confiada aos diplomatas mais competentes, e os soberanos procuravam assumir alianças matrimoniais vantajosas para os países que governavam.
A política estava na base dos casamentos entre as diferentes dinastias da Europa, sobrepondo-se aos sentimentos pessoais, e as relações entre os vários impérios e reinos dependiam consideravelmente da direção segundo a qual estas alianças eram contraídas. Exceções notáveis foram os enlaces estabelecidos por Luís XVI e, mais tarde, por Napoleão, quando pediu a mão da arquiduquesa Maria Luísa.
Posteriormente, as coisas começaram a mudar, e tornou-se evidente que os sentimentos, as relações e os afetos pessoais também deveriam ser levados em conta. Assim, os soberanos e as respetivas famílias tiveram maior liberdade para escolher consortes sem interferência nem considerações políticas. Tal como os comuns dos mortais, podiam, afinal, casar-se e ser felizes de acordo com as suas paixões.
A TEIA COMPLEXA DE LIGAÇÕES POLÍTICAS
E AFETIVAS ENTRE AS PRINCIPAIS DINASTIAS
DA EUROPA AO LONGO DA HISTÓRIA
Este livro é essencial para entender a política de bastidores e os matrimónios das famílias reais europeias ao longo do tempo. Escrito no primeiro quartel do século XX, procura dar vislumbres das ligações dinásticas das gerações vindouras, o que o torna, ao mesmo tempo, trágico e fascinante, pois, como sabemos, a maioria destas dinastias reais não sobreviveria à Grande Guerra.
SOBRE A AUTORA:
Catherine Radziwill (1858 - 1941)
A princesa Catherine Radziwill (30 de março de 1858-12 de maio de 1941) foi uma notável aristocrata russo-polaca. Nasceu em São Petersburgo, na Rússia, cresceu no seio da Casa Rzewuski, uma família de origem polaca, repleta de guerreiros, estadistas, aventureiros e excêntricos, e também de escritores notáveis, incluindo o trisavô Wacław Rzewuski, o tio Henryk e as tias Ewelina, esposa de Honoré de Balzac, e Karolina, que mantinha um salão literário em Paris.
A mãe, que morreu ao dar à luz, pertencia a uma das famílias mais importantes da Rússia, a Casa Dashkov-Vorontsov. Catherine foi educada sob a supervisão de um pai severo nas grandes propriedades que este possuía no centro da Ucrânia. Casou-se com o príncipe polaco Wilhelm Radziwill, oficial do exército prussiano. Do casamento nasceram sete herdeiros, quatro rapazes e três raparigas.
Catherine Radziwill foi uma figura proeminente nas cortes imperiais na Alemanha e na Rússia, mas envolta numa série de intrigas. Combinou o seu amor pelo luxo das cortes e a vida social com um talento literário raro, escrevendo cerca de duas dezenas de livros sobre a realeza europeia e a corte russa.
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