O Jejum que Cura
Princípios para recuperar o equilíbrio e manter a saúde física, mental e espiritual.
A IDEIA DO JEJUM NÃO É NOVA NEM REVOLUCIONÁRIA.
Na verdade, trata-se de uma terapêutica que remonta ao passado. A literatura sobre aquilo que se deve comer ou não, aquilo que se deve fazer ou não, sobre medicamentos que transformam os estômagos humanos em farmácias, é simplesmente ilimitada. A acreditarmos em tudo o que lemos, teremos de considerar o sítio onde estamos antes de podermos inspirar com segurança o sopro da vida; não devemos refrescar as nossas gargantas ressequidas sem a certificação de um microscópio. Não devemos comer sem realizar uma análise exaustiva de cada elemento na lista de ingredientes, tal como faríamos um inventário antes de encomendar novos produtos.
A fome matinal é uma doença cultural, e aqueles que mais necessidade sentem de comer são os que mais motivos têm para jejuar por uma saúde melhor. A opção de não comer em tempos de robustez até que haja uma necessidade normal e um desejo de alimento – e de não o fazer de todo durante a doença aguda – é o mais fácil de todos os métodos para manter a saúde e para a recuperar quando ela se perde.
Edward H. Dewey (1837-1904)
O Dr. Edward Hooker Dewey foi pioneiro na cura através do jejum terapêutico e defensor de um plano alimentar de jejum para a recuperação e manutenção da saúde. Formado na Faculdade de Medicina e Cirurgia da Universidade de Michigan, tornou-se cirurgião assistente no Exército dos Estados Unidos.
À medida que a sua experiência e a sua prática médica se acumulavam, aumentava também a fé que tinha na Natureza e no poder regenerativo do corpo. Sugeria aos seus pacientes que se abstivessem de alimentos por um período de tempo específico. O objetivo principal seria a cura independente do corpo, ao invés de se recorrer a tratamentos que impusessem medicamentos ou uma ingestão excessiva de alimentos.
O Dr. Dewey acreditava firmemente na ideia de que usar o excesso de energia para a digestão era equivalente a esgotar a que seria necessária ao corpo para que se pudesse reparar.
Segundo ele, se nos abstivermos, por exemplo, do pequeno-almoço, e fizermos apenas duas refeições diárias, poderemos observar mudanças graduais no nosso organismo, sendo a mais importante delas a supressão de doenças, de problemas fisiológicos e até de transtornos mentais.
Foi um médico à frente do seu tempo e os seus métodos de observação aguçados resultaram em princípios universais que ainda hoje são válidos em todas as culturas e idades..
«Se a alimentação tivesse realmente o poder de manter as forças, não deveria haver tanta energia perdida através das atividades gerais. Porém, o que é certo é que, desde o primeiro pestanejar de manhã até ao último à noite, há um declínio gradual das forças, independentemente da quantidade de alimento consumido ou da vastidão dos poderes de digestão; e chega uma altura em que todos têm de ir para a cama, e não para a sala de jantar, a fim de recuperar a energia perdida.» Edward H. Dewey
Este livro foi escrito há mais de um século. Trata-se de uma obra
pioneira cuja publicação nos EUA alcançou um sucesso assinalável e
contribuiu para o estudo do jejum como prática auxiliar de tratamento.
O Dr. Dewey relata as suas experiências em primeira mão, fundamentadas na sua prática médica. Muitas das evidências aqui citadas são empíricas e sustentadas pela observação dos seus próprios pacientes.
Descobertas mais recentes continuam a trazer novos dados a respeito
das virtudes do jejum.
Numa época em que a sociedade parece correr atrás de
receitas milagrosas de cura, a leitura deste livro oferece aos
leitores uma perspetiva histórica valiosa sobre uma prática ancestral
de saúde e bem-estar.
Leia um excerto deste livro AQUI.