NOTA: LIVRO COM PEQUENOS DEFEITOS EXTERIORES SEM INTERFERÊNCIA NO CONTEÚDO
A HISTÓRIA EXTRAORDINÁRIA DE UMA MULHER PARA QUEM SOBREVIVER FOI A ÚNICA OPÇÃO.
Tinha de me curar dos campos. Isso demorou anos, uns atrás dos outros… Após trinta anos de silêncio, ao longo dos quais me esgotei a tentar esquecer o que não podia sê-lo, percebi que era escusado, que não esqueceria...»
Fania Fénelon
COMO UM PEQUENO GRUPO DE MULHERES USOU A MÚSICA PARA SOBREVIVER NO MAIS TEMIDO CAMPO DE CONCENTRAÇÃO DA HISTÓRIA
15 de abril de 1945. A execução dos músicos estava marcada para a parte da tarde. Fania definhava, sem esperança e à beira da morte, quando o exército aliado entrou no campo de Bergen-Belsen. Por insistência dos soldados, tocou, no único piano disponível e durante cerca de meia hora, uns improvisados God Save the King, A Marselhesa e A Internacional.
Antes de se tornar prisioneira, Fania Fénelon tocava piano e cantava em Paris. Capturada pelos nazis, foi levada para Auschwitz, onde se juntou à orquestra feminina que existia no campo, composta exclusivamente por reclusas. E ora tocava para os prisioneiros que rumavam às câmaras de gás, ora para os oficiais alemães que relaxavam das suas macabras tarefas.
Com uma capacidade surpreendente de encontrar humor e sentido onde apenas o desespero devia prevalecer, a autora relata a sua história no campo de concentração e escreve sobre o amor, o riso, o ódio, o ciúme e a tensão que atormentavam este grupo «privilegiado» de mulheres. Cada qual à sua maneira, faziam música para sobreviver num lugar onde o horror inimaginável se misturava com os pesadelos mais terríveis.
A Pianista de Auschwitz narra, denuncia e preserva a memória do que aconteceu num dos momento mais terríveis da história, e também motiva a reflexão para o contraste entre os valores éticos necessários, válidos e defensáveis diante da iminente ameaça de morte.
Fania Fénelon (1918–1983)
Fania Fénelon formou-se no Conservatório de Música de Paris, com uma estreia em piano em 1934. Foi uma pianista e cantora francesa. Durante a Segunda Guerra Mundial, contrabandeou informações para a Resistência, antes de ser presa pelos nazis, em 1943. As suas experiências em Auschwitz narram a mistura de sofrimento e solidariedade que constituiu o seu quotidiano como prisioneira num campo de extermínio.
A vida de Fania no campo de Auschwitz incorporou a junção de uma das mais nobres criações intelectuais da humanidade — a música — com os horrores quase inconcebíveis do Holocausto. Fénelon experimentava a cada dia essa bizarra incongruência de beleza e crueldade, como uma prisioneira cuja própria existência dependia das suas atuações, mantendo assim entretidos os seus captores.
Apresentou-se em recitais um pouco por toda a Europa, incluindo sempre no seu repertório uma canção que, fazia questão de dizer ao seu público, aprendera em Auschwitz.
Nas décadas de 1960 e 1970, quando o sinal de uma onda crescente de neonazismo ameaçou uma geração de jovens na Alemanha Ocidental com pouco ou nenhum conhecimento dos horrores do genocídio nazi, Fénelon finalmente encontrou motivação para escrever a sua autobiografia: um alerta para as novas gerações.
A sua obra foi publicada em diversos países e adaptada ao cinema por Arthur Miller, num retrato poderoso e realista que se tornou uma referência no registo do Holocausto.
CRÍTICAS DE IMPRENSA:
«UM TESTEMUNHO SURPREENDENTEMENTE PODEROSO!» The New York Times
«UMA HISTÓRIA QUE PRECISA DE SER CONTADA.» Amazon
«UM LIVRO IMPRESCINDÍVEL!» Publishers Weekly
Leia um excerto deste livro AQUI.