«Uma escrita bela e delicada flui através desta autêntica obra-prima que, como o rio Kii, é um verdadeiro elo entre o culto da tradição japonesa e a modernidade.» The New York Times
Com uma narrativa brilhante e envolta na rica e sumptuosa beleza singular das paisagens do Oriente, As Damas de Kimoto abrange quase setenta anos de história, oferecendo ao leitor um olhar sensível sobre o apego à tradição e o desejo de liberdade.
No Japão do final da era Meiji, a jovem Hana é criada numa família aristocrática tradicional, educada para ser a esposa perfeita e preservar os costumes dos seus antepassados. Porém, ao casar-se com um homem emocionalmente distante, enfrenta as limitações impostas às mulheres da sua época, dedicando-se ao papel de mãe e guardiã das tradições.
A sua filha, Fumio, cresce num período de intensas mudanças, em que a modernidade começa a desafiar as convenções sociais. Determinada a conquistar a sua independência, questiona os valores da mãe e busca uma vida diferente, entrando em conflito com a rígida estrutura familiar.
Já a neta, Hanako, vive no Japão do pós-guerra, imerso na influência ocidental e na crescente industrialização. Distante das raízes que moldaram as suas antecessoras, encarna a nova geração, que procura romper completamente com o passado.
Com uma escrita envolvente e delicada, Sawako Ariyoshi constrói um retrato fascinante do Japão entre o final do século XIX e meados do século XX, explorando as complexidades das relações familiares e o papel da mulher numa sociedade em mutação. As Damas de Kimoto é uma saga inesquecível sobre tradição, resiliência e a busca pelo equilíbrio entre o passado e o futuro.
«O retrato fascinante do quotidiano de três gerações de mulheres, entrelaçado por fortes ventos de mudança.» The Observer
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SAWAKO ARIYOSHI
Nascida em 1931, na cidade de Wakayama, Sawako Ariyoshi foi uma das escritoras mais influentes do Japão no século XX. Licenciada pelo Tokyo Women's Christian College, passou parte da sua infância na ilha de Java, experiência que ampliou a sua visão sobre culturas e sociedades.
As Damas de Kimoto, o seu grande romance, conquistou leitores dentro e fora do Japão. As suas obras foram traduzidas em diversos idiomas e tornaram-se bestsellers na Europa e noutros países.
Viajante incansável, utilizou essa experiência para construir narrativas que capturavam as mudanças da sociedade japonesa, explorando as nuances da vida quotidiana. Ao longo da carreira, foi agraciada com diversos prémios literários e viu muitos dos seus romances adaptados para o teatro, cinema e televisão.
Faleceu tranquilamente durante o sono, deixando um legado literário que continua a atrair leitores e estudiosos da cultura japonesa.