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Vivam as estórias! ─ Entrevista a Miriam Gonçalves - Alma dos Livros

Vivam as estórias! ─ Entrevista a Miriam Gonçalves

Miriam Gonçalves, radialista, é a autora do livro O Mistério dos Ovos Desaparecidos. Mesmo com uma agenda cheia de compromissos, lá guardou alguns minutos do seu tempo para responder a esta minientrevista sobre as suas estórias.


Acabas de ver o teu livro publicado. É o concretizar de um sonho?

A resposta rápida é «é óbvio que sim». Mas, na realidade, sendo uma coisa em que pensava desde criança, não ousava sequer acreditar que o faria, que seria possível. Que me aconteceria. Sinceramente, achava que era uma coisa inatingível. Bem, por isso, acho que sim, a resposta será sempre esta, é o concretizar de um sonho.

O que é que os teus filhos já te disseram sobre O Mistério dos Ovos Desaparecidos que queiras partilhar com os leitores?

Eles gostam muito do livro da mamã, ambos fizeram uma grande festa quando o livro chegou a casa, mas nunca falaram muito sobre ele. Acho que é a velha máxima do «casa de ferreiro, espeto de pau». Como estão habituados a que eu tenha muitas estórias devem ter achado natural, e confesso que isso me deixava assim um pouco sentida. Mas depois as minhas amigas dizem que eles sabem as páginas de cor e lhes mostram as páginas preferidas e mostram pormenores e que falam disso com orgulho, e isso tranquiliza-me, estão só a fazer-se de difíceis!

De onde vem esse teu gosto pelas estórias?

Ui. Ficávamos aqui horas. Sempre adorei estórias. Na minha família sempre se contaram muitas. Os almoços de família são muito engraçados e é difícil alguém terminar alguma, porque no meio todos contam. Todos. Parece que é necessário tirar senhas para organizar a coisa! Os meus avós contavam imensas estórias, as minhas tias, os meus pais, os meus irmãos. Sempre adorei saber as estórias dos tempos de São Tomé, da vida incrivelmente difícil, mas também divertida, da aldeia, sempre fiz muitas perguntas. Sempre adorei livros. Adorava quando o meu pai me contava estórias antes de eu ir dormir, era o nosso momento, e não tínhamos muitos, então, o momento da estória, ainda que fossem sempre as mesmas três, era especial.

Qual é o livro da tua infância que não esqueces?

A Anita e a Festa de Anos. Quem me dera ter uma festa de anos daquelas! Ainda cheguei a tentar replicar o bolo das ilustrações, que era meio tarte. E deve vir daí o meu fascínio pelos balões de papel do São João. Mas acho que também tenho de referir o meu livro do 2.º ano. Era o Papu, qualquer coisa assim. Eu já era adulta e ainda ia ler os textos do livro, ainda me perdia nas ilustrações de um livro da escola, sim!

Quais são os teus hábitos de leitura atualmente?

Atualmente, leio livros infantis e tento ler de vez em quando algum. Mas não é fácil. Antes lia aos três de cada vez.

Planeias dar continuidade a esta primeira publicação?

Adorava. Adorava mesmo.

Que livro sugeres oferecer às crianças este Natal?

Tirando o meu?! A resposta a esta pergunta só pode ser O Mistério dos Ovos Desaparecidos. Mas tirando esse… se o objetivo for um livro mais engraçado, O Unicórnio e o Cavalo; se for uma estória bonita, daquelas que aquecem o coração, O Gato que não Tinha Amigos; se for uma estória para ajudar lá em casa, A Mãe às Vezes tem a Cabeça Cheia de Trovões. Este último para mim é obrigatório ter.
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