Portugal, Razão e Mistério é considerado desde a sua publicação uma obra-prima, uma importante reflexão em torno de Portugal, das suas origens história, cultura, espírito e tradição. Nesta edição revista encontra-se, num só volume, as duas partes da obra publicadas em vida do autor e a terceira parte -inédita e inacabada-, escrita quase até às vésperas da sua morte e mais tarde localizada no acervo da Fundação António Quadros.
«A VERDADEIRA HISTÓRIA DE PORTUGAL SÓ PODE SER ESCRITA ASSIM.» Pinharanda Gomes
A razão de Portugal, a razão de ser deste país antigo, encontra-se envolta na mais densa bruma. Tornou-se um mistério ou é um mistério? A emergência da nação lusíada, o seu destino inesperadamente fulgurante, o seu projecto áureo, a sua persistente resistência à adversidade, a sua longa e relutante decadência, os seus mitos de regeneração, as suas obras de génio, tudo é hoje interpretado casualmente, a partir de teorias da história opacas, diminutivas, reducionistas, que no fundo espelham o dominante espírito empedecido da nossa época positivista, materialista, utilitarista.
«UMA MANISFESTAÇÃO DE FÉ EM PORTUGAL E NO SEU DESTINO.»
Antónia de Sousa
Portugal, Razão e Mistério é por uma parte a razão, razão teleológica, que guiou a inteligência portuguesa na aventura do seu ser e do seu estar no mundo, e por outra parte o mistério, subjacente ao seu destino glorioso e infeliz, universalista e contudo sempre problemático.
«ACREDITEM EM PORTUGAL, PORQUE PORTUGAL ESTÁ NO MAIS FUNDO DE CADA UM DE VÓS.»
António Quadros
Ao abordar temas como a caracterização de um Portugal arquétipo, a Atlântida finalmente identificada com a civilização megalítica galaico- -portuguesa ou as raízes templárias, cistercienses e joaninas do nosso país nos seus primeiros séculos, e, seguidamente, o que foi o projecto áureo de um Império do Espírito Santo, e depois os caminhos labirínticos para onde nos levou a saudade da Pátria prometida em termos cíclicos de mito, de decadência e de desejo regenerador, António Quadros mostra-nos simultaneamente um Portugal profundo, um Portugal imaginário e também um Portugal ainda potencial, que depende menos de uma vontade política do que de um saber da sua essência ocultada e esquecida.
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