Avançar
Um regresso às aulas tranquilo? Sim, é possível. - Alma dos Livros

Um regresso às aulas tranquilo? Sim, é possível.

Não é novidade, mas este livro ainda tem muito para nos ensinar (não apenas aos pais de filhos pequenos mas aos adultos em geral). Hoje reunimos 3 ideias-chave para um regresso às aulas tranquilo.

Como Falar para as Crianças Ouvirem e Ouvir para as Crianças Falarem dispensa apresentações. Já se venderam mais de 3 milhões de exemplares e o jornal The Boston Globe diz que é a bíblia dos pais. As dicas e ferramentas de Adele Faber e Elaine Mazlish são fáceis de implementar e, sobretudo, funcionam. Esqueça as ameaças, repreensões, subornos ou castigos, as autoras acreditam que ajudar os nossos filhos a sentirem-se melhor é a melhor forma de os levar a comportarem-se melhor.

#1 Ideia-Chave: Respeito pelos Sentimentos

Segundo Faber e Mazlish, ajudamos os nossos filhos a sentirem-se melhor aceitando e respeitando os seus sentimentos. Negar os sentimentos dos nossos filhos cria discussões, hostilidade e pouca cooperação entre as duas partes. Um grande obstáculo à aceitação dos sentimentos dos nossos filhos, para a maioria de nós, é que os nossos sentimentos não foram aceites e respeitados quando éramos crianças. Assim, os nossos instintos parentais levam-nos frequentemente a negar involuntariamente os sentimentos dos nossos filhos, mesmo quando estamos a tentar ajudá-los a sentirem-se melhor.

#2 Ideia-Chave: Encoraje a Cooperação Voluntária

Promover a cooperação com os nossos filhos pode parecer difícil, mas é possível e há várias de o conseguir. Nem todos os métodos funcionarão com todas as crianças e não há nenhum que seja sempre eficaz. No entanto, a autoras sugerem cinco formas de criar um clima de respeito em que o espírito de cooperação pode começar a aumentar.

  1. Descreva o que vê ou o problema.
  2. Informe.
  3. Comente com uma única palavra.
  4. Fale sobre aquilo que sente.
  5. Escreva um recado.

Por exemplo:

Descreva o que vê ou descreva o problema

«Está uma toalha molhada em cima da cama.»

Informe

«A toalha está a molhar o meu cobertor.»

Comente com uma única palavra

«A toalha!»

Descreva o que sente

«Não gosto de dormir numa cama molhada.»

Escreva um recado (sobre o toalheiro)

Pendura-me aqui para eu secar, por favor.

Obrigada! A tua toalha

Mudar a forma como interagimos com os nossos filhos pode melhorar, e muito, a comunicação entre as duas partes. E, por outro lado, ouvi-los, partilhar sentimentos e respeitar as suas emoções tem o poder de alterar o seu comportamento e de os ajudar a que se tornem mais responsáveis e independentes.

#3 Ideia-Chave: Incentive a Autonomia

As crianças têm de acabar por crescer e tornar-se adultos auto-suficientes e responsáveis. Todos nós sabemos isto, certo? Então porque teimamos em querer fazer escolhas por eles? Ou, pior ainda, a fazer as coisas por eles?

É crucial deixar que façam as coisas sozinhos, que lidem com os seus próprios problemas, que aprendam com os seus erros. Continuar a atar-lhe os atacadores quando já têm idade para o saber fazer sozinhos ou dizer-lhes como resolver um problema com um amigo aumentará a sua dependência dos pais e, de certa forma, algumas inseguranças.

Por outro lado, sempre que ouvimos o que as crianças pensam, ou partilhamos os nossos sentimentos com elas, ou as convidamos a resolver os problemas connosco, estamos a incentivar a sua autoconfiança. A ideia de incentivar as crianças a serem responsáveis pelos pormenores da sua  própria vida pode parecer revolucionária, mas é, sem dúvida, a chave para a sua autonomia.

Por onde começar?

Embora tenhamos condensado 3 capítulos do livro, é fácil perceber o quanto as autoras defendem o respeito mútuo na relação pais-filhos. Os muitos e muitos exemplos, alguns deles ilustrados, seja em forma de diálogos, estratégias ou competências específicas são a prova disso mesmo. 

Para Adele Faber e Elaine Mazlish, o mais importante é que cada família possa adaptar cada mensagem ao seu próprio estilo e seguindo o seu ritmo particular. É mais fácil mudar um bocadinho do que tudo de uma vez. Que tal começar hoje mesmo?

Anterior Estratégias para ouvir quando as crianças não falam

Deixe um comentário

Comentário sujeito a aprovação.

* Campos obrigatórios